Apcef-SC realizará encontro para discutir Saúde Caixa, Funcef e GDP

Representantes da Fenae trarão painéis sobre os temas que preocupam trabalhadores ativos e aposentados

Um seminário estadual será realizado nos dias 26 e 27 de setembro, em Florianópolis para esclarecer dúvidas sobre os ataques à saúde e previdência dos trabalhadores. Empregados Caixa ativos e aposentados são mais que convidados para o encontro promovido pela Apcef-SC, SEEB (Sindicato dos Bancários de Florianópolis e Região) e Acacef (Associação Catarinense dos Aposentados da CEF). Durante o evento, representantes da Fenae apresentarão painéis sobre o Saúde Caixa, Funcef e GDP e debaterão com os participantes as ameaças que cada setor tem sofrido em tempos de gestão ilegítima do país.

No primeiro dia do seminário, Paulo Borges, assessor da diretoria da Fenae apresentará o painel: Previdência pública e privada e Funcef.  Plínio Pavão – também assessor Fenae- trará os painéis: CPC 33 e Saúde Caixa e RH 205 GDP – Caixa, meritocracia e assédio moral.

Os assessores têm percorrido o Brasil para tirar dúvidas dos empregados Caixa sobre os temas que preocupam os trabalhadores tanto ativos quanto aposentados, uma vez que as ameaças atingem a ambas categorias. E para melhor defender o que foi arduamente conquistado é preciso conhecer a situação de cada setor, se municiar de informações e se mobilizar contra as ofensivas que rumam para o desmonte da Caixa.

O quê: Seminário sobre Saúde Caixa, Funcef e GDP

Quando: 26 e 27 de setembro

Onde: FESESC- Av. Mauro Ramos, 1624 – Centro (próximo ao banco redondo)

Horário: 18h30Três logos- GDP

 

                                                                                           

  ———————————————————————————————————————————————————

                                                          Saúde Caixa, conhecer para defender

 

Desmontar o modelo atual do Saúde Caixa, mantido desde 2004, é um dos objetivos da direção do banco. Ainda que o modelo se mantenha superavitário ao longo dos anos e ofereça assistência médica e odontológica de qualidade aos usuários, os ataques a ele têm sido intensificados dia a dia. A direção do banco defende mudanças urgentes e quer convencer os trabalhadores de que a situação do sistema é insustentável. É preciso conhecer as propostas, que certamente não serão em nada vantajosas aos bancários e defender o Saúde Caixa.

São quase 300 mil usuários atendidos pelo Saúde Caixa, plano que contempla empregados ativos, aposentados e dependentes. O modelo não discrimina idade, faixa salarial e se o usuário é empregado da ativa ou aposentado. Pelas regras atuais os trabalhadores arcam com 30% e o banco com 70% do custeio. A porcentagem relativa aos empregados é mantida por meio de 2% do valor do salário, mais 20% de coparticipação nos procedimentos médicos, limitado a R$ 2.400.

A Caixa tentou impor, em janeiro, mudanças que fariam os empregados pagarem ainda mais. A direção tentou um reajuste na mensalidade de 2% para 3,46% da remuneração base, elevação do teto de coparticipação anual de R$ 2.400,00 para R$ 4.209,05 e porcentual de coparticipação de 20% para 30%. A tentativa foi frustrada, por força de liminar da 22ª Vara do Trabalho de Brasília (DF), graças ao acordo coletivo de 2016, com vigência até agosto de 2018, conquistado pelos bancários.

Apesar da derrota, a direção do banco não desiste e quer alterações. E dentre elas estão a paridade de custeio entre a mantenedora e empregado, ou seja, usuário teria de arcar com 50% e Caixa com outros 50%. A imposição de limite de gastos com assistência à saúde a 8% da folha de pagamento de ativos e aposentados; novas adesões aos planos existentes só poderão ser feitas se as contribuições forem distintas por faixa etária e faixa salarial; todo plano de empresa estatal deverá cobrir coparticipação nos serviços de saúde são outras mudanças que a direção luta para implantar. A Caixa prega a ideia de que se o trabalhador abrir mão de suas conquistas o banco estará salvo. Falácia.