O Decreto de Lei nº 6.926/81 determinou o dia 24 de janeiro como o Dia Nacional dos Aposentados no Brasil. A data foi escolhida para homenagear os empregados e empregadas que dedicaram uma vida de trabalho ao país e que, por meio de muita luta, conquistaram os direitos hoje usufruídos por todos.
Infelizmente esse dia não é de comemoração. Os aposentados e pensionistas assistidos pela Funcef enfrentam muitas dificuldades para desfrutar do merecido descanso e da vida digna.
A pesquisa Realidade dos Trabalhadores da Caixa, encomendada pela Fenae revelou que o aposentado da Caixa tem 40% da renda mensal comprometida com o pagamento de dívidas e cerca de 20% dos seus proventos implicados com o pagamento dos equacionamentos da Funcef. Quase 97% pagam, em média, R$ 1,6 mil por mês só de equacionamento.
Os 40% restantes são insuficientes para pagar por moradia, alimentação, remédios, gastos com dependentes e todo o resto, o que os obriga a voltar para o mercado de trabalho mesmo depois de aposentados.
Os problemas não acabam por aí. A renovação do convênio Funcef-INSS e a retirada da margem consignável do Credplan é uma preocupação desde dezembro de 2019. A Funcef restringiu o crédito obrigando a grande maioria dos aposentados e pensionistas recorrerem a outras fontes de empréstimos para arcar com seus compromissos.
Outros assuntos “esquecidos” pela Fundação tiram o sono dos aposentados como a resolução 30 do CNPC. Há dois anos, os participantes esperam que a Funcef reduza as alíquotas mensais do equacionamento dos planos de benefício, mas nada acontece.
Infelizmente, o Dia do Aposentado serve para lembrar que a luta não acaba com a aposentadoria. A retirada de direitos e retrocessos é um plano em curso dos gestores e governantes do nosso país. Os aposentados têm pressa.
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